Trabalho
O que fazemos
Compreensão e diagnóstico. Analisamos como a informação e a memória se movem dentro de uma organização ou coletivo. Revelamos pontos fortes, falhas, lacunas e oportunidades de melhoria: os elementos que determinam se um sistema pode crescer ou entrar em colapso.
Design e integração de sistemas. Criamos ou reparamos as estruturas que dão coerência ao conhecimento: sistemas de catalogação e classificação, modelos de metadados, vocabulários controlados, tesauros e taxonomias. Quando necessário, definimos relações semânticas e projetamos estruturas de dados vinculados e ontologias que permitem a interoperabilidade da informação entre plataformas e coleções. Essas são as estruturas, as relações e as lógicas organizacionais que permitem que a informação seja encontrada, conectada e usada com clareza.
Comunicação e expressão. Transformamos sistemas em formatos editoriais e visuais que tornam o conhecimento visível e acessível: bibliotecas digitais, websites, dossiês, livros, mapas, materiais educacionais e outras ferramentas que fortalecem a comunicação.
Continuidade e gestão. Projetamos práticas de governança, fluxos de trabalho, processos de treinamento e rotinas de documentação que sustentam os sistemas ao longo do tempo. O objetivo é a autonomia: estruturas que possam evoluir sem dependência externa.
Princípios
Nossa abordagem
Partimos da realidade. Cada organização tem sua própria história, materiais, limitações e ritmos. Projetamos a partir dessas condições, não de soluções pré-fabricadas ou tendências passageiras.
Privilegiamos a coerência. Um sistema só funciona quando sua lógica interna é clara. Clareza vem antes de velocidade ou escalabilidade; sem ela, os processos eventualmente falham.
Priorizamos a prática. A tecnologia existe para apoiar práticas e necessidades reais. Escolhemos ou projetamos nossas ferramentas para seguir a lógica da organização e nunca para impô-la.
Projetamos para a evolução. Um sistema só está completo quando é capaz de crescer e evoluir. E só pode evoluir se a organização estiver preparada para mantê-lo após a implementação.
Nos concentramos no que é essencial. Sem ruído, sem truques, sem inovação superficial. O nosso trabalho é estrutural: preciso, rigoroso, contextual e feito para durar.
Método
As oito patas
1. Mapeamento do conhecimento
Documentamos o comportamento real da informação e da memória: como elas se originam, circulam, se acumulam ou desaparecem. Essa análise revela onde o sistema flui e onde falha — seus gargalos, riscos e oportunidades — e fornece a base empírica para todas as decisões subsequentes.
2. Reconstrução da memória
Recuperamos materiais dispersos, reconectamos arquivos fragmentados e remontamos documentos e conjuntos de dados para que se tornem utilizáveis novamente, sem apagar sua história ou diversidade.
3. Design estrutural
Construímos as estruturas que organizam o conhecimento e a memória: esquemas de classificação, diretrizes de catalogação, modelos, estruturas e lógicas de navegação que se alinhem com as práticas reais da organização.
4. Tecelagem semântica
Projetamos estruturas semânticas que conferam significado e relação: vocabulários controlados, terminologias, taxonomias e modelos de metadados que permitam a interoperabilidade entre línguas, domínios e plataformas.
5. Ontologias e modelagem formal
Para ambientes complexos ou interdisciplinares, modelamos entidades, relacionamentos, processos e eventos com precisão semântica formal, permitindo integração, descoberta avançada e raciocínio analítico quando necessário.
6. Implementação editorial e circulação
Traduzimos as decisões estruturais em resultados comunicativos e funcionais. Configuramos coleções digitais, preparamos conjuntos de dados para publicação e produzimos materiais editoriais ou visuais que permitam a circulação do conhecimento. A nossa ênfase está em implementar soluções que tornem o sistema visível, utilizável e operacional.
7. Documentação para o futuro
Incorporamos rotinas de documentação em fluxos de trabalho diários: ferramentas práticas, ciclos de atualização e práticas de continuidade que permitam que o sistema permaneça coerente e atualizado ao longo do tempo.
8. Governança e continuidade operacional
Definimos as estruturas de gestão que mantêm um sistema em funcionamento: funções, responsabilidades, procedimentos de manutenção, estruturas de políticas e caminhos de decisão. O objetivo é a autonomia a longo prazo: sistemas que perdurem e evoluam internamente.
Nome
O nome vem de uma arquitetura minimalista, mas poderosa: flexível, resiliente e construída inteiramente por meio de relações. Ela reflete os sistemas de conhecimento e memória que projetamos.
Também carrega uma ressonância territorial. No mundo do povo indígena Muisca do altiplano cundiboyacense, acreditava-se que as teias de aranha eram usadas para construir as jangadas que ajudavam os mortos a atravessar um rio na vida após a morte. É um lembrete de que, nesta região, travessias, fios e formas tecidas fazem parte, há muito tempo, da forma como o significado é transmitido.